Entrevista com Lierre Keith: vídeo
livro: The Vegetarian Myth
hmmm o livro que desveganizou a geral :/ |
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Pois é, desvaganizar é bem fácil. |
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la discusión desde un “mismo lugar” siempre es interesante, el asunto es q es otro argumento, yo he pensado mucho en lo del trabajo q implica sembrar y lo diferente q sería lo de recolectar y moverse de lugar para no saturarlo de recolecciones y dejar que se vuelva a cargar… |
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eu acho que o veganismo é radical. não no sentido de pôr chamas em coisas, mas enquanto ética acho que é bem holística. Pra mim traz a questão de que nossas lutas tem que ser holísticas, contra o Poder em sua raíz, a atitude de poder, nao vejo possibilidade de uma mudança civilizatoria profunda no que diz respeito a nossas relações se mantemos relações de dominação, abuso e omissão/consentimento com abuso de animais. relações de uso do corpo de outras pessoas (animais e plantas são pessoas não-humanas pra mim). A merda civilizatoria toda tem haver com uma questão de atitude, uma mudança de paradigma que se dá com o patriarcado e o industrialismo onde passamos a considerar a Terra e animais, recursos, coisas, e isso tá levando a gente a um colapso. Antes a relação com plantas, terra, animais, era sagrada. Se retomamos a relaçao de que não são coisas mas seres vivos como nós tratariamos com mais respeito ou pelo menos uma relaçao mais sustentavel, mutualistica, tipo com as plantas você retira o que é necessário dela, e animais também só vejo utilidade em consumir o corpo de um ou outro (e não de dezenas tampouco criados para serem coisificados a vida toda) em determinados contextos e se é necessario, afinal outros alimentos são mais próprios a nós que carne e muito menos derivados que sequer são adequados a nossa biologia, leite de outros animais. Sei la, somos culturais, podemos escolher nossos paradigmas éticos. |
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se não pararmos a industria da carne e laticinios não vamos parar o colapso ambiental global. crise da água e indústria da exploração animal: 1 ovo d granja necessitou 200 litros de água pra chegar ao seu prato gases tóxicos que geram buraco na camada de ozonio: exploração animal, consumo de carne, estará relacionada com exterminio indigena?? Isso significa: populações nativas sendo expulsadas de suas terras e assassinados inclusive lideranças indígenas, por latifundiários. a industria animal é uma tragedia da vale do rio doce contínua. não tem como parar o colapso ambiental sem ser veg. |
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¿q d cierto hay en la afirmación de q los nutrientes vegetales no pueden ser metabolizados pues están envueltos en celulosa? |
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Indústria de carne é uma bosta, como indústria do milho/soja/feijão/arroz/laranja/abacate é uma bosta, como a indústria mineradora (pra fazer computadores/cabos/prédios) é uma bosta, como a indústria do entretenimento é uma bosta, etc. Sugestão: ler o livro e discutir a partir dele. Digo isso porque todo mundo já tem seus argumentos meio prontos e o exercício da crítica flui melhor pra mim quando tenho um objeto em comum para debater com a galera. |
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Não li o livro, mas assisti à entrevista. Gosto bastante das coisas de pegada feminista radical da Lierre, mas vejo na entrevista várias questões contraditórias. Também acho que a leitura do livro é essencial para construirmos esse debate, mas aproveito para passar um link aqui do WE onde tava rolando uma discussão sobre um tópico parecido. >> we.riseup.net/protopia/boicote-o-vegani... |
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a agricultura da forma que temos só existe por causa da criação de animais… ela existe pra alimentar os animais e não as pessoas. boicotar industria da carne é boicotar esse modelo latifundiario tambem. Mas é certo que veganismo é uma estrategia de luta muito irrisoria pra enfrentar essa questão, seria necessario uma revolução agrária, organizacao das classes campesinas e dos indigenas como tá ocorrendo… eu imagino o zapatismo como um modelo possivel por exemplo, ocupar um territorio e expulsar o Estado. mas eu penso mesmo mais a questao do veganismo voltada pra uma desobediencia civil ou algo assim quanto ao sofrimento animal, a coisificação dos animais. Porque só existe produtos de exploraçao animal porque há quem consome. Se rompe essa cadeia corta o ciclo. Precisamos de veganismo popular, o veganismo tem que ter mais trabalho de base mesmo, ir nas perifas, nos assentamentos de sem terra, e levar a idéia junto com a coisa de autonomia e soberania alimentaria… levar todo esse debate e trazer como uma ferramenta de luta e de autonomia, porque tem também muita vantagem nessa informação toda que veganismo traz, sobre tudo, saúde, autonomia, e é uma ferramenta de resistencia a colonização também, quem trouxe vaca boi galinha leite foram os europeus, tem nada haver nem com a biologia de populações negras ou indigenas, e por isso que existe tanta resistencia a lactose na população mundial (os unicos que tem um fisico mais resistente ao leite sao os caucasianos europeus). Levar o debate sem arrogancia, sem colonizar, mostrar caminhos, mostrar que é uma idéia libertária, anti-opressão, que vale a pena assumir, assim como feminismo ou anarquismo. |
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o ativismo vegano se quer ser bem sucedido precisa pensar com mais cuidado questões de racismo, sexismo, classe, integrar essas análises, se quiser realmente ser revolucionario. |
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eu não vejo como chegar em nenhum assentamento ou aldeia e falar em veganismo, levar essa palavra, eu sinceramente acredito que o que já se construiu em cima do termo Vegan e Veganismo se tornou uma coisa super arrogante, urbanóide, até colonizadora….por cozinhar na até o talo há 4 anos já perdi muito tempo da minha vida discutindo com veganos supremacistas e estou completamente desiludido quanto a essa questão…hehehehe ia fazer um comentário e acabei fazendo um desabafo…. |
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Agora, os trechos que eu já li da Lierre nesse livro são muito bons, eu acho ela uma pessoa incrível…alguém já viu esse livro em portugues por aí? |
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Acho que não tem em português. |
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tamo dentro maninho, sempre que rola alguma atividade da até o talo eu lembro da lierre e comento a existência desse livro…muita gente se interessa, é um polemicão e acho que ainda seria uma boa forma de captar recursos pra outros projetos! |
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Imagina só o tamanho dessa lista de traduções, hehehehe! Concordo contigo 1g0raposa sobre tudo o que se construiu em volta do termo vegan ao longo dos anos mas penso que temos que achar alguma saída, talvez através de outros termos. É uma questão de pensar o que nos diferencia dessa pegada supremacista/colonialista e o que vai de encontro com o pensamento libertário. No fim das contas a lógica industrial, patriarcal e autoritária do capitalismo é a razão da escravidão animal, por mais que quem pensa num veganismo neoliberal/reformista não queira ver. Não sei se já leram esse texto, mas acabo sempre sugerindo porque, apesar de curto e não muito aprofundado vai de encontro a isso que estamos falando. Muitxs estão fartos com o status quo vegano, com essa caixinha em que o capitalismo nos pôs de bons consumidores >>> https://contragaia.wordpress.com/2015/06/16/boicote-o-veganismo/ |
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Oiê! Gostaria de dar uns pitacozinhos, se vocês me permitem. Não vi (ainda?) a entrevista e dei apenas uma pequenininha olhadela nas primeiras páginas do livro, e isso é super importante pro que quero falar. Chúy sugeriu “ler o livro e discutir a partir dele”, e é uma sugestão muito boazinha; mas, nesse momento, tenho uma lista de outras coisinhas, agradáveis ou não, para ler e ver. E é puro preconceito meu, tenham certeza, talvez chamar de “avaliar pela aparência” faça mais justicinha, mas esse título me parece algo pra chamar a atenção; a pessoinha que escreveu o livro, ao que me pareceu, tentou dar uma resumidinha no capítulo introdutório, então vou me basear nele pra dar uma faladinha. O livro começa assim: “This was not an easy book to write. For many of you, it won’t be an easy book to read. I know. I was a vegan for almost twenty years” (Esse não foi um livro fácil de escrever. Para muitxs de vocês, esse não vai ser um livro fácil de ler. Eu sei. Eu fui vegan por quase vinte anos). Isso aqui já me deu uma lembradinha, tenho que usar da sincereza, no que o Peter Singer (que nem vegetarianinho é) disse sobre o Benjamin Franklin voltar a comer carne, algo como “isso mostra que o gosto do Sr. Franklin por peixe frito é maior do que por bons argumentos”. |
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Com certeza o título do livro é uma coisa pra chamar atenção e provocar o debate. Pelo que conheço da Lierre e da galera da Deep Green Resistance, uma galera que é ambientalista desde o início dos anos 80 e já tá super saturada das questões individuais/liberais/sustentáveis, é isso mesmo, é um chamar atenção desesperado pra mudar o norte do debate, e, também, claro, são estadunidenses…De qualquer modo eu não li o livro inteiro e pelo resto de todo o trampo desse pessoal eu respeito bastante e sempre fico super curioso! |
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O que eu acho é que o ponto central do livro deve ser: não adianta você parar de comer carne. para salvar o planeta nós precisamos de uma resistência organizada que impeça os ricos de continuar enriquecendo as custas dos animais e dos recursos naturais. Só que aí pra justificar isso talvez o livro se perca nessa argumentação cientifico-teórica-histórica-evolucionista pra ser algo mais ‘racional’ e menos ‘político’, mas talvez só nesse capítulo né… |
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Oiê! Primeirinho, alguém sabe me dizer se tem um jeitinho por aqui de “citar” uma pessoinha, pra tipo ela ser avisada que o nome apareceu? É que já tem um tempo que não uso o Crabgrass/We com dedicaçãozinha, daí não me lembro mesmo… É que quando eu li o que a revoltAlesbika (será que colocar uma arrobinha na frente, tipo @revoltAlesbika, funciona?) falou na primeirinha resposta eu fiquei com muita curiosidade – realmente aconteceu alguma coisa de desveganização em massa por conta desse livro, ou de qualquer outra coisa? Tim, obrigadinha pelas informações que você trouxe, eu não conheço nem a autora nem o coletivinho, tenho que tirar um tempinho pra conhecer melhor mesmo. Mas me deu uma preocupadinha essa sua frase, ó: “De qualquer modo eu não li o livro inteiro e pelo resto de todo o trampo desse pessoal eu respeito bastante e sempre fico super curioso!”. Ficar super curioso com qualquer coisa é geralmente bom demais, mas issozinho de “são ambientalistas desde os anos 80” e “respeito bastante por tudo o que já fizeram” é bem complicadinho (na minha visãozinha limitada, claro), porque faz você analisar o texto atual à sombra dos textos anteriores, e nem sempre as coizinhas seguem uma linha reta como imaginamos, não é mesmo? Isso me lembrou o texto da Elisa Gargiulo “Não Existe Espaço Seguro” (http://blogueirasfeministas.com/2012/03/nao-existe-espaco-seguro) – ela tá falando de outro contexto, mas acho que a relação é bem simples. Pessoinhas que mandaram muito bem ontem podem mandar muito mal hoje, pessoas que mandaram malzão ontem podem mandar muito bem hoje. Não estou querendo dizer alguma coisa como “só o presente importa” ou “esqueçam tudo o que as pessoas já fizeram”, mas apenas, como a Elisa fala, mostrar que o comportamentinho mais seguro é o de estar sempre alertinha, não de acreditar que quem mandou bem ontem vai continuar mandando bem hoje. |
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