White Shamans & Plastic medicine man

This award-winning documentary deals with the popularization and commercialization of Native American spiritual traditions by Non-Indians. Important questions are asked of those seeking to commercially exploit Tribal rituals and sacred ceremonies...and those vested with safeguarding sacred ways. The film represents a wide range of voices from Native communities, and speaks to issues of cultural appropriation with humour, righteous anger, and thoughtful insight. Written by Daniel Hart.
 

www.youtube.com/watch?v=19JAMhAzXms&feature=youtu.be

 
 

Sem uma legenda, mesmo que se fosse em inglês, tem umas horas que não dá para entender.

Algumas questões sobre espiritualidade:
Quem tem direito sobre uma “religião”, quem não tem? O que pode ser ensinado, o que não? Tem a ver com cura? Tem a ver com cultura? Tem a ver com manter um conhecimento/prática pura? Ou com preservação? Ou é uma forma de resistência?

Sempre vi religião sob a ótica do poder. E aí vem a hierarquia (quem pode/manda), a exclusividade (conhecimento fechado), a influência que cria e mantém a dependência alheia (cura). Mas do ponto de vista da cultura, aí pode virar resistência ou uma forma de demarcar territórios. Isso parece importante, mas geralmente carrega junto todo aquele poder-sobre xs outrxs.

Então, olhando (de fora e de longe) a questão das práticas “nativas notre-americanas” eu não sei muito bem pesar. Várias coisas me desagradam de um lado (indígenas) e do outro (plastic shamans) (para usar a mesma contraposição do documentário). Mas sem dúvida eu concordo que a capitalização das práticas comunitárias é uma grande bosta.

 
   

Realmente parece que aumenta cada vez mais a quantidade de grupos “plastic shamans”, desde o primeiro contato com essa realidade tive a sensação de total estranheza com pessoas brancas foragidas duma cultura totalmente urbana se intitulando xamãs enquanto comercializam e geram sua “renda” através de rituais de ayahuasca, cursos e a porra toda.Além disso é bizarro também o fato desses caras criarem o espaço para os rituais através duma burocracia estatista, com registro e “direito no papel” de exercer as atividades com as plantas de poder.

Tenho dúvidas acerca das questões de espiritualidade, cura e vivência, claro que desvinculadas desse processo de apropriação e comercialização da cultura indígena.

Tô na procura também de algum material que fale sobre práticas patriarcais em tribos e de outras que quebrem essa lógica.