Me encanta o debate. Passo por algo parecido. Sempre fui muito cético também, e estou nesse processo de abertura, eu diria, dos sentidos. O grande problema do avanço pensamento racionalista e científico é que torno muito difícil senão impossível o processo contrário.
Não acho que as religiosidades e crenças sejam necessariamente formas de alienação e dominação. Penso que podem ser sim ferramentas de poder, sobretudo sobre si próprio. Afinal, deus, ou deusa, é outro nome para inconsciente, ou como queira chamar.
São também formas de conhecimentos, os mitos, as crenças, etc., diferentes contudo da ciência tal qual a conhecemos. Enquanto a ciência tem métodos de observação, análise, pra posteriormente tomar um compreensão das coisas… Os conhecimentos espirituais simplesmente têm, e são, tudo, todxs, ao mesmo tempo, dada sua complexidade e diversidade – sem uma linha temporal ou histórica. Muitas vezes são conhecimentos orais, que se modificam, e são diferentes aqui e alí… Mas isso já é lá uma análise da coisa.
A fé existe de fato para quem a tem. Então, existe. É parte de uma mediação, um meio paliativo, para equilibrar o caos simbólico do pensamento científico.
Podemos analisar o espiritual sobre uma caixinha do político? Podemos. Mas… devemos? Já não é pensar racionalmente, transformar em outro tipo de conhecimento…? Talvez possa a espiritualidade ensinar mais sobre o libertário do que o contrário!?