Pensando Sobre Bissexualidade

(Original http://lesbianseparatist.tumblr.com/post/33858399727/are-you-girls-traveling-alone-marilyn-murphy)

Pensando sobre bissexualidade

Fevereiro 1984

Quando eu penso, falo, escrevo sobre mulheres que não são lésbicas, eu tento usar os termos não-Lésbica, pré-Lésbica, mulheres que vivem vidas heterossexuais. Eu tento evitar falar mulher heterossexual. Isso não é nenhuma esperteza Lésbica da minha parte. Na realidade é uma tentativa de lucidez, um exemplo de palavras expressando a realidade como eu a experimento.

Eu penso que nós nos enganamos quando rotulamos de heterossexual uma mulher num mundo 1) onde todas as mulheres são presumidas, esperadas, e mentalmente, fisicamente, espiritualmente e economicamente coagidas a viver uma vida heterossexual; 2) onde a heterossexualidade compulsória é a principal organização institucional da vida privada; 3) onde o modelo heterossexual de uma mulheres servindo homens é o modelo de todas as relações públicas entre mulher e homem; 4) onde se viver fora da instituição heterossexual é A) impensável ou, se há o pensamento é B) ensinado como repulsivo, pecaminoso, doente e sem graça total ou se posto em prática é C) punido pelo sigilo e ostracismo social e perda dos direitos civis e de proteções concedidas aos cidadãos legais da nação(?).

Dada essa enorme pressão para mulheres que vivem vidas heterossexuais, nós não podemos dizer que “a maioria das mulheres são heterossexuais” e querer exprimir qualquer coisa comparável com “algumas mulheres são Lésbicas”. Em primeiro lugar, heterossexualidade não é a preferência sexual da maioria das mulheres. Elas não sabem que existe uma agradável alternativa aos homens como objetos de amor, parceiros sexuais, companheiros de vida. Elas não preferem e/ou escolhem homens, exceto como uma alternativa aos conhecidos e detestáveis estados chamados solteirice e “ficar para titia”.

Tampouco é a heterossexualidade um aspecto da identidade psicossocial da maioria das mulheres que vivem vidas heterossexuais. Quando perguntadas para dar palavras que as definam, a maioria das mulheres não inclui heterossexual , pela mesma razão que a maioria das pessoas brancas não incluem branco nas suas definições.

Eu não aceito a premissa que mulheres bissexuais são penalizadas numa sociedade heterossexual. Nós sabemos que não-mulheres acham a idéia do sexo Lésbico excitante e acham que mulheres bissexuais que fazem isso são sedutoras! Nós, além disso, sabemos que a bissexualidade feminina é também considerada uma fase para eles. E nós, igualmente, esperamos que mulheres como essas voltem permanentemente para homens quando for vantajoso, e levem suas “histórias Lésbicas picantes” junto.

Na minha opinião a bissexualidade não pode logicamente ser chamada de uma preferência sexual/afetiva. Algumas mulheres que dizem que são bissexuais insistem que o gênero das suas amantes é irrelevante para elas, que elas não escolhem amantes com base nos seus gêneros. Algumas ainda criticam Lésbicas que escolhem evitar relacionamentos com e/ou que questionam a escolha de mulheres que continuam se relacionando intimamente com não-mulheres. Elas dizem que nós somos intolerantes, fanáticas, Malafaianas¹ por considerar o gênero das nossas parceiras importantes, como se Lesbianidade compulsória eram a organização institucional social da vida pessoal(?). Suas atitudes banalizam, apagam as reais opressões experimentadas pelas Lésbicas por seu amor-por-mulheres.

Mulheres que se denominam bissexuais e ativamente relacionam-se com mulheres e homens certamente tem o direito de viver como quiserem. Entretanto, elas não tem o direito de esperar que Lésbicas aceitem elas como “uma de nós” ou que aprovem e aplaudam suas escolhas de homens como parceiros, mesmo agora como depois. Afinal, não há nada novo, original ou vanguardista sobre se relacionar com homens, e a recusa de Lésbicas de fazer isso é a base da nossa opressão.

Tudo o que foi dito acima deixa nós com um paradoxo lógico. Mulheres que se denominam bissexuais — não porque elas estão em transição ou com medo do seu Lesbianismo — mas porque elas escolhem se relacionar sexualmente com ambas mulheres e homens, são as únicas mulheres que são realmente heterossexuais. Elas são as únicas mulheres que escolheram se relacionar com homens depois de ter conhecido e experimentado nossa não-compulsória alternativa.

//Coloquei (?) em frases que não tenho muita certeza da tradução//

¹Malafaianas: No original tá Falwellish, que acredito ser um adjetivo em cima do nome do pastor cristão fundamentalista Jerry Falwell, que pregava apedrejamento em caso de adultério e a volta da escravidão. Tentei traduzir porque acho importante fazer uns paralelos, se ficou ruim no mínimo ficou engraçado.

 

interessante

 
   

llevaba 12 años sola y he estado sexualizando desde diciembre, en las redes sociales, con bisexuales lastimosamente, el asunto ha sido muy bello pues a veces eso q no es deseable que es la soledad, resulta deslumbrante…ví cómo podía complacerme a mí misma sin necesidad de todo el daño emocional que significa sel el dildo de otra que tiene estrecha así la creatividad, quien quiere que tú le provoques orgamos aprovechándose de tu experiencia además pq en su vida heterosexual que además incluye una mujer diez años más joven que ella y seguro 20 que él, a quien le duele de tanto que la fela el tipo, pero ahí está y ella misma q me afirmó q cuando llegó su novia y empezó a follar con su esposo, sintió alivio puesto que no quería follar, seguro tb la cansa, y ama el sado y me regaló un libro de sade, en fin, una pesadilla, pero pasar por ahí reafirma q la soledad no es la distropía, q muchas veces una relación ni siquiera significa placer para mí, sino sólo para otros, sobretodo para otros en la mayoría de los casos de las mujeres, cuando yo por mi experiencia me puedo dar realmente el placer que requiero sin exponerme a la dominación ni tener que actuarla, la costumbre de fingir en las relaciones es desgastante
conclusión, la heterosexualidad es lo más fácil, pero tienes que aceptar que no está centrada en las mujeres, y menos en las lesbianas, negras, empobrecidas…