feminismo radical e anarquismo. esboço pra um ensaio

comentem, debatam

Lamentavelmente o feminismo radical foi muito influenciado por marxismo, primcipalmente nos 60 , e as vezes me pego pensando mas consequencias disso, apesar das autoras irem tomando uma independencia teorica primcipalmente no ato desacatado de tomarem o materialismo para si jogando fora o restante. Não só feminismo mas muitos outros movimentos sociais radicais como panteras negras, zapatismo, mapuches, e guerrilhas urbanas no Brasil ou Alemanha. Esses movimentos apenas foram leninistas ou maoistas porque a URSS empreemdeu um verdadeiro genocídio e caçada à resistencia anarquista na Russia e imundou literatura bolchevique no mundo. Essa ideologia é na verdade facista infelizmente. No Brasil quem puxou movimento de trabalhadores e as primeiras greves foram anarcosindicalistas até o estado novo de getulio vargas (nazi) ter assimilado o simdicato como aparelho do estado pra monitorar movimento social. Este regime promoveu uma caça a anarquistas no brasil e matou mov de trabalhadores por meio de assimilacionismo e controle. Durante a ditadura militar a resistencia era marxista, teria sido diferente se não fosse o contexto soviético e a limpa promovida em anos anteriores à anarquistas? Na Espanha os marxistas conseguiram minar a Revolução Espanhola. O fato é que o marxismo e primcipalmemte os partidos são o cancer do mov social. Os partidos assim como foi com o sindicalismo, é uma forma de atrasar a insurreição e a radicalização das lutas. Ainda quero escrever sobre isso tudo e feminismo radical. Anarquismo e feminismo radical sao ideologias proximas em algum sentido? Ex: autonomia, luta contra o Poder, recusa do reformismo, da institucionalidade. Poderiamos dizer a tradição de mulheres nesses movimentos era um proto feminismo radical? Ex: mujeres libres, uma exp. Separatista de algum modo, que feministas conseguiram criar escolas de mulheres e um exercito revolucionario com mil e poucas mulheres (as vezes acho pelo q li q elas eram rad mas o feminismo como mov e pensamento autonomo ainda n existiam), que faziam ação direta libertando mulheres prostituidas dos bordeis na Espanha durante a revolução, e os grupos de mulheres combatentes organizados por Louise Michel durante a comuna de Paris, e as mulheres anarquistas autoorganizadas da voz de las mujeres que mataram elas mesmas um “companheiro” anarcomacho femicida em vingança, editavam proprio jornal e escracharam la no começo do sec. Xx os anarquistas estupradores num jornal delas, numero que ta deaaparecido ate hj. E a anarquista que disparou um tiro em lenin, tentando mata-lo, ele morreu anos depois por complicações do tiro. E as mulheres no mov niilista e a ideologia individualista, que considero uma das mais radicalmente feminista (é a ideologia “não é não” por excelencia, e a mais focada em etica). Afinal: Que havia antes de feminismo radical? Que mulheres e experiemcias podemos reivindicar numa tradição de radicalidade? Eu rejeitava o conceito de anarquismo porque feminismo é a ruptura com a esquerda e a inauguração do feminismo como um pensamento politico autonomo mas tambem uma resposta mais radical. O separatismo lesbiko significa uma ruptura com varios conceitos tambem, significa separação epistemologica e independencia dos pensamentos de homens. Significa ruptura e separação de uma historia tb de repente. (Sarah hoagland fala no começo do For lesbians only que, se o feminismo radical estava mais proximas de taticas socialistas, o separatismo estava mais proximo do anarquismo/autogestao , posso tirar foto até) , mas por que não haveria nessas experiemcias e autoras etc uma epistemologia autonoma feminista?. Lutar todas eatruturas socias produzidas pelos machos que sao o Estado e Capital.
Nessa popularização do feminismo radical pelo facebook, que aconteceu com a radicalidade? Até que ponto feminismo radical e a radicalidade mesma não foram descaracterizadas? A radicalidade do feminismo dos 70 dizia respeito a: autonomia, era ruptura com feminismo reformista, e pautar raiz dos problemas: patriarcado.

a perspectiva anti-social pra evitar que o ativismo se torne um colaborador do estado, como é a militância assistencialista que quer promover ‘melhoria da sociedade’. A gente quer destruir a sociedade e não melhorá-la. Até porque isso nem vai acontecer, se acontecer vai ser pros privilegiados.
O individualismo tem umas minas por exemplo a brasileira Maria Lacerda de Moura que era crítica do voto e do serviço militar feminino (como não dizer que não era uma radl?) e a Voltairine de Claire, acho a quintessencia da idéia anti-autoritária. A diferença do anarquismo para os socialismos autoritários é justamente que o individuo não é um meio, mas um fim. No marxismo o indivíduo é até mesmo considerado uma ilusão rs.
A perspectiva anti social me parece com a idéia do ‘afuera’ da margarita pisano por exemplo.
O Niilismo é a recusa das crenças, acho útil uma vez que a militância num geral vive por meio da idéia de uma ’revolução social ’ a ocorrer em algum futuro messianico. A esquerda opera pela idéia etapista (perspectiva que foi criticada pelo insurrecionalismo que recupera a propaganda pelo ato e etc) e por exemplo os partidos (e anarquistas plataformistas) sempre evitam confronto ou radicalizar porque falam que não se está num momento revolucionario e o que eles fazem? Demandam leis, reformas, e é igual o sindicalismo, fica naquela demanda sem radicalizar a luta. O niilismo recusa a idéia de um futuro e vê o agora como instante revolucionário. Ele não demanda nem pede, apenas nega.

Essaa reflexoes estao incompletas. Falta emvolver nessa reflexão os movs que pautaram o sistema do Racismo. Emfim, é uma brisa livre. Se baseia nas minhas poucas leituras no tema que ainda vou tentae aprofundar.

 

“9) Percebo que o WenDo tem algumas características anarquistas, você concorda?

Sim. Eu penso que se você é radical feminista, você também tem ligações, características com o anarquismo, como a busca por autogestão, solidariedade, apoio mutuo, entre outros princípios que fazem parte do anarquismo."

gafeminista.blogspot.com.br/2009/04/wen...

 
 

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O feminismo radical pode ser muito reformista e logo, trabalhar pro Patriarcado (pra mim Estado, Capitalismo, Civilização, é Patriarcado). Pedir mudanças dentro do sistema sem destruir ele e sem destruir radicalmente, enquanto formas de relacionar-se, valores…Dentro de um marco demócrata a sociedade capitalista até aceita “avanços”, quanto mais cômodo viver na escravidão assalariada e nesse estilo de vida de impacto ambiental irreversível (Civilização) melhor. As pautas anti-sexismo, homofobia, etc, se não levadas como una ruptura radical, se tornam cidadanismo que reforça o mesmo sistema que visa atacar. Estamos num momento histórico em que as pessoas estão conformadas no modo consumista de vida, o sistema permite sim esse “civismo” dos direitos para trazer “melhorias” ilusorias… O Estado é patriarcal, ele aprisiona/sequestra mulheres, assassina e estupra com a polícia, despeja violentamente mulheres e suas famílias de ocupações, o feminismo institucional é fracassado por isso, conseguir a proteção de machos não é autonomia e tampouco separatista, ter o direito a ir numa delegacia fazer um b.o. com um policial… a gente sabe que toda rede de assistencia a violencia domestica é um mecanismo do Estado/Patriarcado de tapar o sol com a peneira sem ir as raizes. Sobre redes de apoio mutuo feministas… o conceito que melhor extraí do anarquismo insurrecional foi o de afinidade, que é bem diferente de sororidade e massas… é o noiz por nós e você contar com seu grupo de afinidade e confiança sem esperar a “classe mulher” se aliar a você.

Não é verdade que pensadoras não conformaram esse pensamento. O feminismo radical tampouco é super separatista: ele é extremamente marxista se você olhar bem. Então de que purismo separatista estamos falando? Até Mary Daly detivou seu pensamento de Santo Agostinho…
antes de existir o feminismo radical dos 70, existiu radicalidade, ela pode ser encontrada na experiencia de muitas anarquistas como as niilistas russas, as mujeres libres da Espanha, La Voz de la Mujer um jornal de anarquistas do sul da argentina que inclusive mataram elas mesmas um femicida que matou uma de suas companheiras.

Ate mesmo no livro For Lesbians Only, uma antologia separatista, Sarah Lucia Hoagland fala que se o feminismo radical se aproximava do socialismo, o separatismo lesbico se aproximava do anarquismo.

Sei lá mas foda se os nomes. Eu acho que tem muitas idéias proximas da radicalidade em alguns pensamentos e vou me apropriar e criar uma idéia lesbica radikal. Mas eu me aproximei do anarquismo por ver umas pelegagens no radfem atual, mas na verdade a questão é que feminismo/lesbianismo radical EM SI já conteria essas ideias, é que as pessoas zoaram ele, e eu me movi a algumas ideias anarquistas de modo a radicalizar novamente o feminismo também num sentido amplo.