Vidas Negras Importam: Lésbicas Negras Intelectuais¶
“Suprimir o conhecimento produzido por qualquer grupo oprimido torna mais fácil para grupos dominantes governarem” (Patricia Hill Collins)
No marco das mobilizações “Vidas negras importam”, resolvemos_ visibilizar as referências negras de teorização, debate e práxis política da lesbiandade_. Sabemos que essa invisibilidade é mais uma estratégia de enbranquecimento e para calar essas vozes e manter a hegemonia branca até mesmo no movimento lésbico e feminista. Todas dificuldades materiais e intelectuais se colocam para dificultar o pensamento lésbico se fazer visível no heteropatriarcado e o intuito deste grupo e ações de algumas participantes é resgatar esse pensamento e este atuar lésbico nas suas raízes. Se qualquer radicalidade no feminismo já torna mais difícil acessar essa intelectualidade feminina insubordinada – menos publicação, traduções, acesso – como censura ao posicionamento contra-hegemônico. O filtro fica ainda mais rígido com relação às pensadoras da lesbiandade radical num geral, mas o apagamento lésbico será ainda mais incisivo com a lesbiandade negra. Então é importante a recuperação e difusão desse pensamento, a socialização, e o aprendizado sincero por parte de lésbicas brancas.
Propomos esse desafio: Leia uma lésbica negra essa semana (ou comece):¶
“Lesbianismo: um ato de resistência” de Cheryl Clarke, 1981
“Irmã Estrangeira” de Audre Lorde, 1984
“Home Girls – A Black Feminist Anthology”, Barbara Smith, 1983
“This Bridge Called my Back/ Este Puente mi Espalda” escritos de mulheres tercermundistas dos Estados Unidos, org. Cherrie Moraga, Gloria Anzaldúa, Ana Castillo, 1981
“Uma Declaração Negra Feminista”, Manifesto da Coletiva do Rio Combahee, 1977
Alice Walker “Ninguém segura essa mulher”. 1987
“A Nação Heterossexual” Ochy Curiel, 2013
“Escritos de una lesbiana oscura” Yuderkis Espinoso, 2007
Pippa Flemming, “Uma butch negra fala: abordando a opressão feminina”, 2014
Pippa Flemming, “Apoiando espaços para bio-lésbicas butch”, 2014
“Se assumindo sapatão e mestiça”, por Naomi Littlebear Morena (1988)
“Lesbianas y mestizas: apropiación y equivalencia”, Shane Phelan, 1997
“Separação Enegrecida: Uma Jornada Pessoal”, por Jacqueline Anderson, 1988
“Uma Separatista Negra”, Anna Lee, 1981
“Por amor ao separatismo”, Anna Lee, 1988
“Desejo Genuíno” de Vivienne Louise, 1988
“Separatismo Não É um Luxo: Algumas ideias sobre Separatismo e Classe.” Por C. Maria. 1999
Como acessar esses textos?¶
Todos podem ser buscados na lupa aqui do grupo em we.riseup.net/groups/sapafem/pages# (menos Alice Walker mas dá pra comprar na estante virtual e sebos).
Como a we é uma rede colaborativa, convocamos interessadas a editar aqui e ajudar no trabalho de sistematização… basta linkar os textos a seus respectivos links onde estão hospedados pdfs ou versão online do texto. :) Basta olhar nas edições. Você coloca em colchetes e cria o link mas pode também usar a formatação: “titulo” → “link” entre colchetes.
Boa Leitura!