Traduzido da wikipedia:
Dívida: Os primeiros 5000 anos é um livro escrito pelo antropólogo David Graeber, publicado em 2011. O livro é bem abrangente, explorando a relação da dívida com moeda, dinheiro, troca, comunidade, casamento, amizade, vassalagem, escravidão, moral, honra, lei, filosofia, comércio, religião, ganância, caridade, violência, guerra e governo; em resumo, a maior parte do tecido da vida humana em sociedade. Ele se vale da história e antropologia de várias civilizações, grandes e pequenas, do primeiro registro conhecido sobre dívida dos sumérios em 3000 AC até o presente. Explora como a dívida mudou e foi mudada pelas pessoas e sociedades que usaram-na.
O principal argumento do livro é que quando o endividamento das “economias humanas”, feito de forma imprecisa, informal e baseada na comunidade, é substituído por dívidas matematicamente precisas e firmemente impostas, o empobrecimento e a violência generalizados são resultados comuns que apenas umas poucas sociedades conseguiram escapar.
O segundo argumento mais importante do livro é que, ao contrário do que comumente é contado na história da moeda, a dívida é provavelmente o mais antigo meio de comércio, sendo que as transações através de dinheiro e troca foram desenvolvidas mais tarde. A dívida, o livro argumenta, tipicamente manteve a sua primazia, com o dinheiro e a troca usualmente estando limitados a situações de baixa confiança envolvendo estrangeiros ou aqueles não considerados merecedores de crédito.
Este livro documenta o argumento de Graeber de que quanto mais longe no passado conseguimos olhar através dos registros históricos e arqueológicos, pessoas com poder frequentemente instituíram regras que beneficiavam a si próprias e empobreciam e escravizavam as outas. Esta tendência ocasionalmente era interrompida quando escravos ou peões se rebelavam, normalmente matando as elites existentes.
Para diminuir os riscos de uma rebelião, poderia ser declarado um Jubileu. Isso cancelaria todas as dívidas mas manteria a maior parte do poder e do status social das elites.
Graeber insiste que as economias de dádivas precederam a troca e a moeda, ao contrário do que popularmente reivindicam os economistas. Dádivas incorrem em dívidas, cujas cobranças às vezes levavam à escravidão, que ocasionalmente levava a rebeliões.
Ele conclui que "desde Hamurabi, grandes Estados imperiais invariavelmente resistiram [ao Jubileu]. Atenas e Roma estabeleceram o paradigma: mesmo quando confrontadas com crises contínuas de dívida, elas insistiram em legislar paliativamente, amenizando os impactos, eliminando abusos óbvios como escravidão por dívida … mas [nunca] permitiram uma mudança no próprio princípio da dívida. As classes governantes dos Estados Unidos parecem ter notavelmente feito a mesma abordagem: eliminar os piores abusos (e.g., prender o devedor), … mas nunca permitir que alguém questione o princípio sagrado de que todos nós devemos pagar nossas dívidas. [Mas] o princípio foi exposto como uma mentira descarada. … [N ]em “todos” nós devemos pagar as nossas dívidas. … Uma dívida é apenas a perversão de uma promessa … corrompida tanto pela matemática quanto pela violência. … [N ]inguém tem o direito de dizer qual o nosso verdadeiro valor, ninguém tem o direito de dizer o quanto realmente devemos."
pdf em inglês¶
óia, pensei que era a tradução do livro… |
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Bem que podia, né? hehehe |
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parece que esse livro já tá vendido para uma editora brasileira (não sei bem qual) e estão fazendo a tradução, uma vez pesquisamos pela deriva.. |
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se não me engano é a companhia das letras! |
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Poxa, vim na seca achando que era a tradução do livro rs |
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Hehehe, é melhor avisar mesmo. |
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Tem uma resenha desse livro na biblioteca anarquista que poderia render um zine: é curto pra traduzir. |
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