“O estabelecimento de duas classes de população necessita que se encontrem características físicas que possam servir para distinguí-las, e evidentemente se encontra elas: não é difícil traçar categorias “físicas” das pessoas. Portanto, as características físicas chamadas “de sexo” não são mais importantes em si mesmas que outras caracterísitcas físicas que distinguem a cada individuo dos demais. Mas como estes marcam – e justificam ideológicamente – uma diferença social fundamental, adquirem una importância desmesurada nas culturas patriarcais. Os movimentos diferencialistas pensam que a diferença mais importante entre os humanos, é a diferença sexual, e que a esta diferença correspondem diferenças de temperamento, psicologia, de aptidões que é preciso valorizar da mesma maneira quando se trata de homens ou de mulheres. Como se se tratasse de uma especie distinta ou de uma cultura diferente. É uma visão que se poderia denominar multiculturalista. Se se adapta este esquema a luta de classes, na corrente diferencialista se pretenderia fazer aos operários mais felizes, enquanto que na corrente construtivista se pretenderia abolir à classes."

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